domingo, 10 de outubro de 2010

Lua nova


Naquele dia e naquela noite, naquela hora, daquele relógio, o que me acalmava era o som da minha própria voz rezando baixinho, doce como a mãe dentro de mim que sempre há de me acolher. Porque nem mesmo um mural cheio de fotos de momentos que sorriem me faziam tão bem mais.
(Naquele dia, daquela noite, eu senti.)
Só o amor próprio me salvara. Só o amor próprio foi hoje meu pai, meu amigo, meu colo, meu sussurro: "Tudo vai ficar bem, tudo vai passar".
O relógio ainda batia a hora cedo e o telefone revoltado, permanecia mudo. Ainda assim, mesmo que o telefone não tocasse, quem não estaria nem ligando seria eu.
(Naquele dia, daquela noite, quem me ligou fui eu.)
Naquele dia, daquela noite eu dormi então com minha merecida paz, que é minha irmã e mora em mim, mesmo que as vezes o caos a expulse... Ela pertence a aqui.
(Naquele dia, daquela noite, eu dormi feito paz.)


Um comentário:

  1. De uma sensibilidade e habilidade simplesmente geniais. Tava no orkut passeando por usuários quando me deparei com o seu perfil, a primeira vista me encantei com a sua beleza, depois ví que havia o link do blog e não pude deixar de passar. Lí todas postagens da página inicial. Resultado = sou seguidor.
    Parabéns...a paz que merecemos ver florescer no mundo exterior, deve florescer primeiro em nosso interior, sem dúvida nenhuma.
    Paz!

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