quarta-feira, 7 de julho de 2010

Depois de correr campos e campos, pararam, fizeram um gesto de como quem precisa parar pra respirar um pouco, se olharam e enfm veio:
- Mas fazer tempestades num copo d'água não muda nada depois, porque eram apenas tempestades num copo d'água, não eram reais.

- Mudam muita coisa. ME mudam. Mudam o que irei sentir depois que elas passarem.
- Claro! Você sempre com essa mania de estragar tudo que vem de fora de teu corpo (e depois ainda quer pôr a culpa em Deus, ou no anjo, ou nas cartas de tarô)
- Eu devo ser mesmo um monstro.
- Paranóica sei que tu és.
- Disso eu sei também!
- De longe acho que sabem disso sobre ti também.
- E o que fazer?

- Rezar pra passar. E vai, você sabe que vai.
- É, vai... Mas vou deixar mais um sofrimento amassado e guardado em algum lugar de mim mais uma vez?
- Eles te amadurecem, e você sabe disso.
- É por essas e outras que eu sempre digo: CRESCER DÓI.
- É, crescer dói.



(...)
em algum lugar do tempo, a história há sempre de continuar.

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